terça-feira, 22 de maio de 2012

Legislativo debate sobre o autismo

Vereador João Batista foi o propositor do debate - Foto: Evilázio Bezerra



Com o lema “Pessoas iguais, um mundo desconhecido, direitos exercidos”, o vereador João Batista (PRTB) realizou na tarde desta segunda-feira, 21, audiência pública para sensibilizar a sociedade e o poder público sobre as dificuldades enfrentadas pelas pessoas que têm autismo. A audiência começou com a apresentação de um grupo de crianças do Centro de Atendimento Educacional Especializado (Caesp). O grupo encenou a história infantil Chapeuzinho Vermelho. Logo em seguida, o neurologista André Cabral deu inicio ao debate apresentando os aspectos clínicos do autismo.

Segundo André, o autismo trata-se de um transtorno global de desenvolvimento, no qual a criança tem dificuldades em estabelecer relações sociais. A doença caracteriza-se por lesar e diminuir o ritmo do desenvolvimento psiconeurológico, social e linguístico da pessoa. Ele destacou a necessidade do diagnóstico precoce da doença para a efetivação de um tratamento adequado. Esse diagnóstico deve ser feito por uma equipe multidisciplinar através de uma avaliação clinica e de testes que classifique o transtorno.

Quanto ao tratamento varia de pessoa pra pessoa, sendo através da terapia comportamental e farmacológica. O tratamento visa estimular o desenvolvimento social e comunicativo e a aprimorar o aprendizado. Já o neurologista André Pessoa falou sobre a questão genética do autismo. André disse que ainda não conseguiu identificar a causa da doença, por isso é preciso investir em pesquisas científicas. André também ressaltou a importância do diagnóstico, principalmente na rede pública.

A fonoaudióloga Myrellene Bezerra falou que os problemas de comunicação apresentam grande variação, conforme o desenvolvimento social e individual. “ Os autistas têm problemas em atribuir significados ao que falam, eles só reproduzem o que ouvem e falam coisas sem contexto”, pontuou a Dra. Myrellene. O tratamento estimula a audição, o tato e a visão, garantindo o desenvolvimento da pessoa.

A Sra. Yara Gomes, avó de uma criança autista falou sobre a dificuldade que a própria família tem para lidar com a doença. “O maior problema é a integração com a sociedade e a escola”, frisou. O diretor do Caesp, major Luiz Onofre destacou que além da sociedade não ter conhecimento, os próprios pais se recusam a aceitar que seu filho tem uma doença. O major ainda destacou a lentidão do diagnóstico, segundo ele é preciso que as autoridades atentem para essa causa.

Também estiveram presente a Sra. Núbia Marques, representando a Secretaria Municipal de Saúde e a Sra Inalba de Castro, representando a Associação Cearense de Assistência às Pessoas com Deficiência (ACARD).

Reportagem: Anna Regatas

2 comentários:

  1. Parabens a todos pelo ação em prol dos autistas e familias que, em sua angustias pedem socorro
    ‎"Amor não tem fronteiras,a vida é uma missão.Amor é para todos, Deus quer um mundo irmão".

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  2. Muito louvável a iniciativa do Vereador João Batista!Esperamos que o debate se prolongue e que tenhamos resultados concretos.O discurso foi muito bem explanado.Esse transtorno é pouco conhecido, podemos afirmar que até faz-se "vista grossa" sobre o problema. Tanto os autistas, como seus familiares sofrem com o descaso sobre o assunto. Não queremos afirmar que há uma total ausência de atenção sobre o tema, e sim, da insuficiência do que se tem feito até o momento. Daí, vereador João Batista, esperamos que o Sr. leve adiante esse assunto, e que tenhamos em breve boas notícias. Não acredito em destino, tampouco em acaso, mas acredito em trabalho, no querer realmente estar em sintonia com os anseios da comunidade. Cordialmente, Prof. Wagner
    em 24 de maio de 2012

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