sexta-feira, 18 de maio de 2012

Audiência debate políticas públicas para o autismo


                                                                 Foto: Genilson de Lima


Com o tema: “Pessoas iguais, um mundo desconhecido, direitos exercidos”, é que a Câmara Municipal de Fortaleza realiza na próxima segunda-feira, 21, às 14h, no auditório Ademar Arruda, uma audiência pública para discutir políticas públicas direcionadas ao autismo em Fortaleza. A iniciativa é do vereador João Batista (PRTB).

O objetivo do encontro é debater com especialistas, familiares e o poder público, como melhorar a qualidade de vida dessas pessoas. Segundo familiares e especialistas, existem falhas nas políticas públicas, desde o acesso à educação, saúde até a sociabilidade do autista.

Para alguns pais, tanto em escolas públicas como particulares o acolhimento de crianças com esse distúrbio é muito deficiente. Segundo eles, a educação pública é negligente quanto à capacitação de educadores.

No ensino público as queixas giram em torno da falta de habilidade e técnica para oferecer uma educação inclusiva. Já nas escolas particulares, poucas aceitam autistas, e as que aceitam, exigem o pagamento de um profissional (tipo cuidador) para acompanhar a criança.

O médico André Cabral, neurologista pediatra do Hospital Waldemar de Alcântara, revela que o país não tem uma pesquisa de prevalência para saber qual a taxa de incidência do distúrbio na população, e ressalta que o dado numérico é considerado o primeiro passo para normatizar uma política pública de atendimento aos autistas. Já a fonoaudióloga, Mirelene Bezerra de Meneses, destaca que o acompanhamento de uma equipe multidisciplinar ao autista é de máxima importância para seu desenvolvimento.

Segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU), o autismo atinge mais de 2 milhões de brasileiros, e mais da metade ainda está sem diagnóstico. Estudos realizados recentemente na Inglaterra sugerem que o Brasil poderia ter 1,8 milhão de autistas.

Foram convidados para discussão: Projeto Toque de Vida; Projeto Quatro Varas; Caesp- Cetro de Atendimento Educacional Especializado; Movimento Saúde Mental do Bom jardim; Acapd-Associação Cearense das Pessoas com Deficiência; Familiares de autista, Profissionais de Saúde; Escolas que trabalham com autismo; Conselhos Tutelares; Secretaria de Educação do Estado; Secretaria de Educação do Município; Distritos de Educação; Centros de Saúde; Pastoral do Idoso-Henrique Jorge; Associação Mão Amiga; Abcade- Associação de Amparo e Cidadania a Criança e Adolescentes; Assepec- Associação das Esposas dos Praças Militares; Conselho Municipal de Sade de Fortaleza; Fundação Silvestre Gomes; Conselho Estadual de Saúde; Conselho Regional de Medicina; Projeto Crescer com Arte-Vila União; Caps; Academia Cearense de Medicina; Conselho de Psicólogos do Ceará; entre outros.

Um comentário:

  1. Ótima iniciativa...nós professores ficamos muito angustiados com essa deficiência da própria escola no sentido de melhorar de fato a inclusão, que sabemos não existir...servem apenas como depósitos dessas crianças que necessitam de um olhar mais diferenciado...

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